quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Por que razão não vamos largar o caso Montepio

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Ora viva!
Aqui estão as primeiras notícias do dia:

O México não vai pagar muro algum. O chefe de gabinete do Presidente dos EUA reconheceu que Donald Trump estava "mal informado" quando fez a promessa na campanha.
Trump acusou a Rússia de ajudar Coreia do Norte a evitar as sanções impostas pela ONU.
A Apple anunciou um mega-investimento nos EUA, um plano que renderá milhões em impostos ao orçamento federal. E a Peugeot também: a marca liderada pelo português Carlos Tavares conta só produzir carros eléctricos já em 2025.
O Parlamento britânico aprovou a lei para sair da UEMas a divisão dos deputados foi grande - e ainda falta a votação na Câmara dos Lordes. 
Foi descoberto um desenho de Van Gogh feito em Paris. Chama-se A colina de Montmartre com pedreira e terá sido feito em 1886.

O que marca o dia

A novela do Montepio tem mais um capítuloo banco está obrigado a captar 970 milhões para a Mutualista, mais um problema a juntar-se às nuvens que pairam sobre o universo Montepio. Mais, acrescenta a Cristina Ferreira, todos os membros do Conselho de Administração da Caixa Económica estão debaixo de escrutínio do Banco de Portugal, que terá chumbado a sua continuidade no banco. É por tudo isto que, aqui no PÚBLICO, não vamos largar o caso Montepio. Porque, como explico no Editorial"é preciso reconstruir o Montepio - e começar agora. Com cuidado, para a casa não cair, mas sem começar as obras pelo telhado. Antes que seja tarde de mais".
Mais dossiês suspensos, à espera de Rui Rio. Mesmo com a oposição interna a afiar as facas no PSD, há boas expectativas de negociação na regulação do lobbyinge também no Pacto da Justiça, que hoje será tema na abertura do ano judicial, lembra o DN.
O ano judicial começa com a sombra do caso Manuel Vicente: numa entrevista ao PÚBLICO e Renascença, o ex-bastonário dos Advogados deixa um aviso: “Não estamos a tratar com um angolano qualquer” (sendo que é na segunda parte da entrevista que ele nos deixa um desabafo compungente: “Somos como os iogurtes. O meu prazo está a chegar ao fim”.
O jornal i fala de um outro caso judicial com embaraço diplomático: a ministra da Justiça pode recuar na extradição de um arguido do processo Lava-Jato, arriscando esfriar as relações com o Brasil.
A tragédia de Pedrógão já tem mais arguidos: são mais sete, a juntar aos dois anteriores, segundo a SIC. Já agora, junto este alerta que chegou ontem: ainda há 57 municípios sem planos de defesa da floresta. E esta proposta que vai ser discutida hoje: o PCP quer um portal com tudo sobre fogos de 2017 e a floresta.
Para o Interior do país, mais uma má notícia: adivinhe quem vai ser mais castigado com o aumento das portagens?
E ainda há este novo protesto na Educaçãoque deixa adivinhar mais uma greve a caminho...
Só para acabar, deixo-lhe o registo de um problema que parece mal resolvido“O accionista chinês não manda na EDP”, diz Lacerda Machado ao ECOE um caso seguramente mal resolvidoManuel Pinho terá recebido mais de 315 mil euros do chamado "saco azul" do GES, diz o Observador.

Leituras e um podcast

Uma prova científica:
As mulheres são mais resistentes do que os homens. Uma equipa de cientistas recuperou dados dos últimos 250 anos e concluiu que as mulheres resistiram sempre mais em situações de adversidade, como a fome, as epidemias e a escravatura. E há razões biológicas, também, que justificam a maior esperança de vida.

Um documentário sobre elas:
Não escolheram ser solteiras, mas sentem-se pressionadas a casar. Duas realizadoras espanholas investigaram os mitos enraizados sobre as mulheres solteiras: descobriram testemunhos reais e revelaram preconceitos escondidos. Singled [Out] quer mudar a narrativa sobre o celibato feminino e pode chegar aos cinemas em meados de 2018. O P3 já tem a preview

Um Podcast com os olhos no futuro:
As mentes — e os corpos — vão ser digitais, garante Arlindo Oliveira, o presidente do Instituto Superior Técnico, que acaba de lançar um livro onde destaca a forma como a ciência está a redefinir a humanidade. No Mutante, o Diogo Queiroz de Andrade partiu daí para uma conversa sobre progresso, ficção científica, biologia, computação, a mente e a consciência.

A agenda do dia

A sessão de abertura do ano judicial costuma ser uma monotonia, mas desta vez, às 15h00, o pano de fundo promete (Angola, PGR, o pacto da Justiça). No Parlamento, o PS leva a votos uma proposta para limitar os "cobradores de fraque" - e o Bloco outra, para limitar a imposição de mobilidade aos trabalhadores. Isto enquanto Rui Rio vem a Lisboa, para se reunir com Passos Coelho na São Caetano à Lapa.
Lá por fora, Macron e Theresa May reúnem-se em Londres para discutir Callais e o terrorismo, enquanto a Coreia do Sul decide se vai suspender a transacção de bitcoins. Nos EUA, começa o Festival de Cinema Independente de Sundance - com um português em competição e muita expectativa sobre o que nos chegará às salas nos próximos tempos.
Dito isto, deixo-lhe mais um podcast nosso, hoje com um título feito para esta hora: porque é que não falamos de sexo ao pequeno-almoço?
Vá, é só para ouvir :)
Vamos ao trabalho?
Dia produtivo, dia feliz! Até já!

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