terça-feira, 3 de outubro de 2017

Editorial | Apoio financeiro concedido pela Câmara Municipal de Aveiro às associações deu frutos

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Tudo indica que o valor das eleições autárquicas já passou, as promessas escritas nos folhetos já não são para serem levadas a sério, agora vamos aguardar para ver como Tomé, aquela figura bíblica que duvidava de tudo e de todos. Ele lá tinha as suas razões.

Apesar de tudo, o certo é que o apoio financeiro que Câmara Municipal concedeu a algumas associações deu garantidamente frutos, nem sequer nos damos ao trabalho de analisar mais ao pormenor. O tempo é demasiado precioso. 

Todas as que foram apoiadas de forma directa ou indirecta têm fontes de receitas, sendo que a Associação de Dadores de Sangue do Concelho – ADASCA não lhe assiste qualquer fonte de receitas, a não ser um mísero apoio que o IPST lhe confere uma vez por ano, o mesmo que através da equipa de verificação de contas analisa duas vezes ao ano as mesmas.

Não deixa de ser estranho a forma como a ADASCA foi discriminada, até parece que não existe, ou, existe há meia dúzia de meses, quando na verdade, em breve completa 11 anos de  intensa actividade em prol da comunidade necessitada de componentes sanguíneos. Este é o País (ou Concelho) que temos decorridos 43 anos após 25 de Abril, fazendo parte do passado a fraternidade e igualdade.

Quando o senhor presidente da Câmara Municipal se sente discriminando em relação aos apoios financeiros atribuídos pelo governo central esfrega as mãos de satisfação? Ou quando vê os projectos apresentados indeferidos sem argumentos aparentemente sólidos fica feliz? Vem de imediato a público manifestar a sua indignação...

Por fim, de onde veio os milhares de euros que foram distribuídos por algumas associações? Não foi o resultado dos impostos que todos pagam ou das taxas municipais? Vontade de recorrer a outros adjectivos não me falta, mas, a minha consciência, os valores morais e éticos que me assitem impedem-me de o fazer.

Vamos aguardar para ver se a mão esquerda emenda o erro da mão direita. Uma questão de tempo, assim aja boa vontade. Por fim fica uma observação: o que é que um presidente de Câmara não pode fazer?

Vivemos numa cidade de amigos, amiguinhos, de grupos e grupinhos, de arranjos e arranjinhos, em que uns são mais iguais do que outros, pena é que essas diferenças não funcionem nos impostos municipais. Com papas e bolos se enganam os tolos, já diziam os meus avós.

J. Carlos
Director


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