segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

DESCOBERTA COLEÇÃO DE CARROS ESCONDIDA DOS NAZIS


 
Numa mina no centro de França foi feita uma impressionante descoberta: mais de uma dezena de “relíquias” enferrujadas, na sua maioria dos anos 30, algumas em muito mau estado de conservação.
A descoberta foi feita pelo professor e fotógrafo belga Vincent Michel, que acredita terem sido escondidos das forças nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
A maior parte dos automóveis são modelos franceses dos anos 30 e, com o passar do tempo, ficaram muito enferrujados, mas parecem receber-nos com um olhar nostálgico, simultaneamente de tristeza e de esperança.
Entre os automóveis encontrados existem também alguns de anos posteriores, e até modelos mais recentes – incluindo alguns dos anos 60.
“Assumimos que os carros foram escondidos no início da guerra para evitar que fossem confiscadospelos nazis”, explicou o professor e fotógrafo em declarações à Fox News.
“A grande maioria estão destruídos, e não apenas pela ferrugem. Muitos destes ‘Tesouros de Guerra’ parecem ter golpes anteriores ao seu armazenamento ou perdido peças ao longo dos anos, desviados por visitantes e curiosos. Outros repousam na mina, em mau estado para serem retirados”, acrescentou.
A descoberta está envolta em mistério, uma vez que não se sabe o que aconteceu aos antigos proprietários – que não regressaram para levar os seus veículos – e não se sabe ainda ao certo o número de automóveis que se encontram no local.
ZAP / Bom Dia

ANTÁRTIDA ESTÁ A RACHAR DE DENTRO PARA FORA (E DAÍ VÊM AS CATÁSTROFES)


 
ravas51 / Wikimedia
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O escudo de gelo no oeste da Antártida está a rachar de dentro para fora. Tal acontecimento poderá explicar a separação de grandes icebergs dele e a sua rápida destruição, avisam os cientistas.
“Atualmente, não há dúvidas de que o escudo de gelo do oeste da Antártida vai descongelar mas, todavia, não é claro quando isso vai acontecer”, diz Ian Howat, investigador da Universidade do estado de Ohio.
“O aparecimento de tais rachaduras e fraturas, obriga o gelo a recuar a uma velocidade recorde, aumentando, assim, as possibilidades da atuais gerações testemunharem o colapso total deste escudo de gelo“, acrescenta.
Howat e os seus colegas chegaram a essas conclusões depois de analisarem fotografias de satélite, obtidas durante uma das recentes catástrofes na Antártida, relacionada com a separação de um iceberg gigantesco – de 582 quilómetros quadrados – do escudo de gelo no final de julho de 2015.
Segundo o artigo, publicado na revista Geophysical Research Letters, através das imagens os cientistas começaram a suspeitar que a formação deste iceberg estaria ligada a processos que se desenvolveram na sua base.
Para confirmar a teoria, além de observarem as fotografias, os climatologistas realizaram algumas expedições à região da Antártida ocidental, onde se teria originado o problema.
Com a ajuda das fotos dos satélites, tiradas durante o pôr de sol e o amanhecer, quando o Sol fica praticamente na linha do horizonte, formando um grande ângulo em relação à superfície da Antártida, os cientistas conseguiram detectar duas rachaduras gigantescas e profundas no escudo de gelo ocidental.
As rachaduras surgiram há 2 e 3 anos numa zona do glaciar onde se encontram água, terreno e gelo, perto da base do escudo. Ambas cresceram de forma significativa e a uma grande velocidade, isto é, têm atualmente 14 quilómetros e aumentaram a sua largura para 110 metros.
A razão do surgimento desta rachadura, segundo os cientistas, está relacionada com o aumento da temperatura do mar que a rodeia. Este processo, na opinião de Howat, levou à criação da cavidade, que, consequentemente, afundou o glaciar, gerando uma grande rachadura.
Processos semelhantes a este estão a acontecer na Gronelândia. O que preocupa os cientistas mais do que tudo é o possível surgimento de tais cavidades noutras regiões da Antártida.
Se o gelo enfraquecer nessa zona, o que leva às rachaduras, a velocidade de destruição da Antártida e o seu deslocamento para o oceano será muito rápida.
ZAP / Sputnik News

MORREU O PALHAÇO QUE ALEGRAVA CRIANÇAS VÍTIMAS DA GUERRA EM ALEPPO

 

(dr) Ahmad al-Khatib
O palhaço sírio Anas al-Basha
O palhaço sírio Anas al-Basha
Um voluntário sírio de 24 anos, que se vestia de palhaço para distrair as crianças traumatizadas que vivem na cidade de Aleppo, foi morto num ataque aéreo na semana passada.
A morte de Anas al-Basha foi avançada pela agência Associated Press. O jovem era voluntário da organização não governamental síria Space of Hope e tinha casado há dois meses.
“Ele vivia para fazer rir as crianças e para se sentirem felizes no lugar mais escuro e perigoso do mundo”, escreveu no Facebook Mahmoud al-Basha, irmão de Anas.
“Ele recusou-se a sair da cidade para continuar o trabalho como voluntário para ajudar os civis, dar presentes e esperança às crianças”, continuou.
Os pais do jovem deixaram Aleppo em julho passado, antes do começo dos combates intensos entre o governo sírio e os rebeldes.
A supervisora de Anas, Samar Hijazi, disse à AP que vai lembrar-se do voluntário como um amigo que adorava trabalhar com crianças.
“Ele interpretava sketches para as crianças e conseguia aproximar-se delas”, recorda.
Estamos todos exaustos. Temos de encontrar força para dar apoio psicológico às pessoas e continuar o nosso trabalho”, completou.

Fuga em massa

A ofensiva do exército sírio em Aleppo obrigou 30 mil civis a deixarem as suas casas nos últimos dias. E o número está a aumentar de forma significativa, segundo o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, o sueco Staffan de Mistura.
A fuga em massa ocorre na zona leste da cidade, controlada pelos rebeldes, mas o número total de deslocados de Aleppo ultrapassa os 40 mil, acrescentou.
Na quarta-feira, Stephen O’Brien, responsável pelas operações humanitárias da ONU, advertiu que o leste de Aleppo corre o risco de se tornar “um gigantesco cemitério” caso os combates continuem e a entrada de ajuda humanitária permaneça bloqueada.
Mais de 300 mil pessoas morreram e milhões foram obrigadas a fugir desde o início da guerra na Síria, há quase seis anos.
Calcula-se que 250 mil pessoas ainda estão a viver na cidade, das quais 100 mil são crianças. Não há hospitais a funcionar e os stocks de alimentos estão no fim.
ZAP / BBC

VENENO DOS ORNITORRINCOS PODE SER A CHAVE PARA O TRATAMENTO DA DIABETES


 
Investigadores australianos descobriram mudanças evolutivas notáveis na regulação da insulina em duas das espécies de animais nativos mais emblemáticas do país – o ornitorrinco e o echidna – que podem abrir caminho para novos tratamentos para a diabetes tipo 2 em seres humanos.
Os resultados, agora publicados na revista Nature Scientific Reports, revelam que o mesmo hormónio produzido no intestino do ornitorrinco para regular a glicose no sangue também é surpreendentemente produzido no seu veneno.
O hormónio, conhecido como peptídeo-1, semelhante ao glucagon (GLP-1, na sigla em inglês), é normalmente expelido no intestino dos seres humanos e animais, estimulando a libertação de insulina para baixar a glicose no sangue.
No entanto, o GLP-1 normalmente degrada-se em poucos minutos.
Em pessoas com diabetes tipo 2, o curto estímulo desencadeado pelo GLP-1 não é suficiente para manter um equilíbrio adequado do açúcar no sangue. Por isso, a medicação que inclui uma forma mais duradoura do hormónio é necessária para ajudar a fornecer uma libertação prolongada de insulina.
“A nossa equipa descobriu que os monotremes – os famosos ornitorrincos – e o echidna evoluíram alterações no hormónio GLP-1 que o tornam resistente à rápida degradação normalmente observada em seres humanos”, diz o co-autor Frank Grutzner, da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade de Adelaide e do Instituto de Pesquisa Robinson.
“Descobrimos que em monotremes o GLP-1 é degradado por um mecanismo completamente diferente. A análise mais aprofundada da genética dos monotremes revela que parece haver uma espécie de guerra molecular a acontecer na função do GLP-1, que é produzido no intestino, mas surpreendentemente também no seu veneno”, explica.
O ornitorrinco produz um veneno poderoso durante o período da procriação, usado geralmente na competição entre os machos pelas fêmeas.
O GLP-1 também foi descoberto no veneno de equidnas
O GLP-1 também foi descoberto no veneno de equidnas
“Descobrimos funções conflitantes do GLP-1 no ornitorrinco: no intestino como um regulador da glicose no sangue, e no veneno para afastar outros machos durante a época da reprodução. Este cabo de guerra entre as diferentes funções resultou em dramáticas mudanças no sistema GLP-1”, diz a co-autora Briony Forbes, da Faculdade de Medicina da Universidade Flinders.
“A função no veneno provavelmente desencadeou a evolução de uma forma estável de GLP-1 em monotremes. As moléculas de GLP-1 estáveis são altamente desejáveis como potenciais tratamentosde diabetes tipo 2″, celebra.
“Este é um exemplo surpreendente de como milhões de anos de evolução podem moldar moléculas e otimizar a sua função. Estas descobertas têm o potencial de ajudar no tratamento da diabetes, um dos nossos maiores desafios na saúde, embora como exatamente podemos converter este achado num tratamento é algo que precisa de ser alvo de pesquisas futuras”, prevê Grutzner.
O GLP-1 também foi descoberto no veneno de equidnas. Mas enquanto o ornitorrinco tem esporas nos seus membros traseiros para libertar uma grande quantidade de veneno para o seu adversário, não há tal estímulo nos equidnas.
“A falta de um esporão nos equidnas continua a ser um mistério evolutivo, mas o facto de que tanto ornitorrincos quanto equidnas evoluíram a mesma forma duradoura do hormónio GLP-1 é em si só uma descoberta muito emocionante”, diz o investigador.
ZAP / HypeScience

SOBE PARA 24 NÚMERO DE MORTOS EM INCÊNDIO NUMA FESTA NA CALIFÓRNIA


 
Pelo menos 24 pessoas morreram no incêndio que deflagrou na sexta-feira num armazém em Oakland, Califórnia, onde decorria uma festa de música eletrónica, segundo o último balanço dos bombeiros, que antecipam mais mortes.
A chefe dos bombeiros de Oakland, Melinda Drayton, disse que as corporações trabalharam durante a noite para retirar os destroços do edifício destruído.
Os bombeiros tiveram dificuldade em retirar os corpos no sábado, uma vez que o edifício está em risco de ruir.
O fogo deflagrou às 23h30 locais de sexta-feira (07h30 de sábado em Lisboa) e as primeiras informações, logo após o sinistro, indicavam que pelo menos nove pessoas haviam morrido e 25 estavam desaparecidas.
Na altura, a edição online do jornal Mercury referiu que, segundo os bombeiros, cerca de 70 pessoas estariam na festa de música eletrónica.
O armazém era conhecido como “Ghost Ship” (“Navio Fantasma”) e as pessoas que ali viviam ou que visitavam o local com frequência dizem que era um espaço artístico e um abrigo ilegal para um grupo rotativo de uma dúzia de pessoas ou mais.
Aliás, o espaço estava a ser investigado há três semanas pelas autoridades da cidade americana. Imagens divulgadas online do armazém mostravam um interior cheio de camas, tapetes, sofás, pianos, quadros, gira-discos, estátuas e outros objetos.
De acordo com o departamento de planeamento da câmara de Oakland, os vizinhos queixavam-se do lixo acumulado no exterior do imóvel.
ZAP / Lusa

O Porto está na moda, menina!

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Há 20 anos, o centro histórico do Porto recebia o título de património mundial da UNESCO. De lá para cá, muita coisa mudou na cidade.
Já é uma frase batida, mas não deixa de ser verdade. "O Porto está na moda". E a zona histórica, declarada património mundial da Unesco há 20 anos, foi a que mais sentiu isso.
Vítor Costa já trabalhava no negócio da família "A Pérola da Índia". Tinha 33 anos e esta Rua das Flores parecia outra. Não estava fechada ao trânsito e tinha, sobretudo, armazéns.
A rua agora está limpa, arranjada, há flores nas janelas e há turistas para cima e para baixo. Antigamente, ao fim de semana "era um deserto", agora "parece S. João todos os sábados e domingos".
Vítor Costa está convencido que a viragem aconteceu na altura do Euro 2004.
Daqui a pouco, já vamos descer até à Ribeira. Para já, paramos à conversa com Arminda de Almeida. Ela chama a atenção para o facto das rendas no centro histórico estarem a ficar excessivamente caras para quem cá mora. "É só hostels", diz.
É a isto que se chama a gentrificação. Arminda pinta. Tem na rua expostas imagens de vários ex-libris do Porto. Mostra o Porto dela, diz que tem 67 anos de Porto. Com orgulho. Viu o turismo rebentar. Percebe o que isso trouxe de mau, mas também de bom.
"O Porto está mais bonito, mais limpo, as fachadas foram recuperadas", sublinha, para concluir: "O Porto está a ter outra vida".
Fonte: TSF
Vítor Costa e a mãe, proprietários da mercearia "A Pérola da Índia"Foto: TSF
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Macroscópio – Itália, Áustria e as muitas histórias europeias. Mais os seus fantasmas

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Foi um fim-de-semana de ansiedade em muitas capitais europeias, sobretudo em Bruxelas. Iria a Áustria eleger o primeiro Presidente de extrema-direita do euro? Iria o referendo italiano conduzir a uma crise capaz de levar a Italexit? Pois bem: na Áustria, o candidato da extrema-direita perdeu, mas teve 47% dos votos. Em Itália a reforma constitucional proposta por Mateo Renzi sofreu uma derrota pesada e o primeiro-ministro acabou o dia a anunciar a sua demissão. Dito isto, o Macroscópio tem de voltar ao tema do destino da Europa e desse espectro que paira sobre o continente, o do populismo – ou populismos, como veremos a fechar a newsletter de hoje.
 
Primeiro que tudo, recuperemos alguns textos escritos ainda antes da escolha dos eleitores, e que me parecem significativos. Sendo que começo por uma reportagem do The Telegraph numa das regiões austríacas que mais vota na extrema-direita, uma reportagem cujo título nos sinaliza claramente o porquê de quase metade dos austríacos terem votado no candidato da FPÖ: 'This election is all about the refugees': Austrian migrant row pushes far-Right candidate Norbert Hofer to brink of power. No bar de uma aldeia, o reporter ouviu testemunhos como este: “He’s not far-Right,” one drinker, who declined to give his name, said. “We’re all socialists here and we’re all voting for him.” Algo que o president da autarquia local explicava assim: “Most of the people here live pretty well,” Mr Lang, the deputy mayor, explained. “But the thing is, most people in work here earn something between €1,200 (£1,000) and €1,500 (£1,250) a month. But a refugee family with two parents and two children can get twice that in benefits. This plays a decisive role in the election.”
 
Goste-se ou não do comentário, ele não deve ser ignorado. Assim como não de se deve escartar a reflexão final do texto de António Barreto no Diário de Notícias de ontem, Não é final, mas é vitória... Apesar de dedicado ao XX Congresso do PCP, termina com esta nota, bem a propósito do que por aí vai: “Por toda a esquerda, democrática ou não, corre uma palavra ou um conceito a definir uma política: patriótico! É o que se houve aos governantes, aos congressistas do PCP e aos porta-vozes do Bloco. Mas é também o que corre no topo das instituições, Presidente e primeiro-ministro. A palavra pode ser banal. A sua utilização oportunista. A sua evocação automática. Mas é a palavra dos perigos imprevistos. E dos fantasmas ameaçadores. Patriótico é também contra a globalização, contra o liberalismo político e económico, contra o mercado livre e contra a liberdade científica. Pátria! Pátria! Quantos crimes se cometeram por tua causa!”
 
Um outro texto pré-votação a reter é o de Jorge Almeida Fernandes no Público, com um título também muito revelador: “Já não entendo o mundo”: a Europa na era das incertezas. Uma análise que termina com uma reflexão sobre a UE e os nacionalismos, notando que “Muito se tem escrito sobre o regresso das nações, em contraponto ao centralismo ou à ineficácia das instituições comunitárias. É uma realidade. Mas merece uma primeira nota. Uma parte da impotência comunitária deve-se à ocultação de um mecanismo fundamental: o que passa por ser a "decisão da UE" resulta da negociação entre políticos que encarnam aberta ou disfarçadamente "28 interesses nacionais".
 
Já no que se refere aos populismos, Philip Stephens defende no Financial Times que The populist right sweeps aside the left. É um texto que pode ser lido em conjunto com a reportagem do Telegraph que citei a abrir este Macroscópio e onde se defende que “The beginning of wisdom for parties of the left — and, for that matter, of the moderate right — is that populism can be beaten only from what is best called the hard centre. Globalisation cannot be wished away but nor can it continue to distribute all its gains to the richest. Closing borders will impoverish everyone but communities need help to cushion the social upheaval. Patriotism is to be celebrated but not allowed to bleed into xenophobia”.
 
A terminar a recolha de referências a textos escritos antes de conhecidos os resultados, passou para o editorial da secção de economia do The Observer/The Guardian, onde sobre Itália se escrevia Yes, Italy’s constitution needs fixing. But not as urgently as its banks do. Sem tomar uma posição aberta pela “não”, esse texto tratava de serenar os espíritos: “Few people believe the reforms are the best way to bring about more effective government, but they understand it took a great deal of wrangling to even arrive at a compromise package, and that what is on the table is unlikely to be available for a long time. There is a silver lining to a No vote. Renzi could be persuaded by the president to form another government with a view to tackling the electoral system.”
 
Conhecidos os resultados, é altura de os digerir. Mesmo que isso requeira algum tempo. Aqui no Observador defendi uma posição diferente da mais comum no nosso país, e assume que, se fosse italiano, também teria votado “não”. Contrariando a onda de lamentos pela derrota de Renzi no referendo italiano, defendi em Itália, os populismos e a arrogância das elites que o primeiro-ministro italiano perdeu e perdeu muito bem. Porque “a sua reforma constitucional era errada e perigosa”, sendo que “só a cegueira e arrogância das elites europeístas permitiu que nessa derrota se visse apenas a vitória populista”. Mais: argumentei que “falar de "populismos" começa a ser a forma mais confortável de certas elites europeias fazerem ouvidos moucos às preocupações reais dos eleitorados.”
 
Num registo muito diferente, Alexandre Homem Cristo lamentou, também no Observador, que Matteo Renzi tivesse optado pela via referendária. Em Brincar com a democracia escreveu mesmo que “Renzi e Cameron criaram uma tempestade perfeita para a afirmação de populismos inimigos da liberdade. É que estes encontraram nos referendos um palco de vitórias que nunca de outro modo alcançariam.”
 
Já Sofia Lorena, no Público, argumento que Isto não é o momento “Brexit” de Itália. Chamando a atenção para a complexidade do que estava em causa, recordando que “Entre quem defendia o voto no “não” encontramos figuras mais do que moderadas, incluindo dois ex-chefes de Governo: Massimo D’Alema, do centro esquerda, e, pasme-se, Mario Monti, esse primeiro-ministro não eleito que governou entre o fim de 2011 e 2013 à frente de um governo de tecnocratas nomeado para afastar Silvio Berlusconi e tranquilizar Bruxelas. Não é preciso outra prova de que “podia votar-se ‘não’ a partir do decoro institucional”, como escreve no El País Rúben Amón.”
 
Nesta rápida ronda sobre as reacções em Portugal às votações de ontem, uma derradeira referência a Henrique Monteiro que, no Expresso, em Perto do zero (paywall), considera que “A derrota de Renzi tem origem na mesma fonte do que o Brexit ou do que as vitórias dos diversos populismos por toda a Europa. É uma reação à modernidade, é certo, mas também ao politicamente correto que nos quiseram impor por todo o lado. Esses que, durante anos, acharam que os problemas dos povos estavam resolvidos com agendas fraturantes e dedicados a minorias”.
 
Quanto à Áustria, regresso ao Telegraph para citar um comentário ao resultados eleitoral que ajuda a colocar alguma água na fervura: The Austrian election is not a triumph for liberals: far-Right European populism is here to stay, defende Matthew Goodwin. Um dos seus argumentos vem ao encontro do desenvolvido no ponto anterior por Henrique Monteiro: “In Austria and many other Western democracies, the cultural backlash against the so-called "New Left" and liberal values that spread throughout the West in the 1960s and 1970s began long before the onset of the Great Recession and the refugee crisis. It has been rooted in a coalition of blue collar and lower middle class workers, mainly white men, as well as older social conservatives, all of whom firmly oppose liberalism’s enthusiasm for open borders, global markets and relaxed social norms. Feeling as though their traditional values were under threat, from the late 1970s onward these voters began to turn in growing numbers to more radical parties that had recognized there was a growing market for calls to push back against the excesses of liberalism and globalisuation.”
 
Para o fim deste Macroscópio deixei o prato mais substancial, o regresso a um texto já referido nesta newsletter, um ensaio do cientista político grego Takis S. Pappas publicado no número de Outubro do Journal of Democracy: The Specter Haunting Europe: Distinguishing LiberaL Democracy’s chaLLengers (texto disponível para download em PDF). Um dos argumentos mais interessantes deste ensaio é que não há um, mas vários desafios à ordem democrática e liberal, que o autor procura agrupar em três grupos diferentes em vez de os amalgamar a todos como sendo ou “populismos” ou de “extrema-direita”. Esses grupos são os “antidemocratas”, os “nativistas” e os “populistas”, propondo o autor arrumar os diferentes partidos europeus que actuam nas franjas das nossas democracias nessas diferentes categorias. Mesmo que possamos não concordar com todos os seus critérios, ajuda a pensar e a arrumar ideias.
 
E por hoje despeço-me, com votos de bom descanso e melhores leituras.

 
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Donadora lanza campaña para apoyar causas de fin de año



por Yesica Flores
Donadora, la plataforma de crowdfunding de recaudación de fondos en línea para causas sociales y personales que se lanzó oficialmente en mayo del presente año, ha entregado más de 50 millones de pesos a proyectos de salud y educación.
En estas fechas, Donadora ha recibido muchas campañas para apoyar a los que más lo necesitan, es por esto que decidieron darles una atención especial a través del micrositio: espiritu.donadora.mx y así invitar a su comunidad de donadores a hacer un gesto solidario para las fiestas decembrinas.
Para esta temporada de fin de año (Del 1ro de diciembre al 6 de enero) la plataforma invita a las personas a ser parte del Espíritu Donadora y ayudar a los que más lo necesitan:
- Pueden apoyar una de la campañas del sitio: espiritu.donadora.mx
- O recaudar fondos para una causa o un proyecto social.

Donadora trabaja para que cualquier causa o iniciativa social pueda ser atendida como se necesita. El crowdfunding permite sumar la recaudación de fondos y el respaldo moral de personas comprometidas con la generación de un impacto positivo en la sociedad.
La plataforma funciona de manera muy sencilla, las personas crean un perfil donde explican cuánto dinero necesitan, para qué y en cuánto tiempo lo pueden recaudar. Para ilustrar la campaña es necesario subir fotos y un video.
La campaña pasa por un proceso de verificación a través de documentación para evitar fraudes, una vez que es aceptada, se recaudan los fondos por medio de difusión masiva con el uso de redes sociales, medios de comunicación y un equipo de asesores de Donadora.
Al terminar la campaña la persona recibe todo el dinero recaudado y las personas contribuyentes se vuelven parte de la comunidad más grande de apoyo en Latinoamérica.
Sé parte del #EspírituDonadora

Yesica Flores | diciembre 5, 2016 a las 4:02 pm | Etiquetas: crowdfundingDonadora 

Código abierto – el motor de las nuevas tendencias tecnológicas


por Yesica Flores
Por Olivia Salas
Recientemente, hemos sido testigos de cambios radicales en la manera en que las organizaciones hacen negocios y producen, y en la forma en que los individuos trabajan e interactúan. La innovación, la capacidad de respuesta, la personalización, la movilidad y el procesamiento en tiempo real de grandes cantidades de datos, entre otros factores, han detonado dichas transformaciones.
¿Qué tecnologías y tendencias han dado origen a esta nueva realidad? ¿Cuáles de ellas están logrando que una nueva generación de empresas incremente rápidamente su valor; y al conseguirlo, sean las que estén marcando el rumbo en la economía digital y las que están dando un nuevo impulso a las compañías tradicionales? Y lo más importante, ¿qué ha hecho posible que estas tecnologías florezcan y se implementen en todos los ámbitos de la actividad económica y social?
Hagamos un rápido recuento de estas innovaciones y su influencia en la actividad productiva y humana.
Internet de las cosas (IoT). Los objetos cotidianos forman parte de una red, en donde envían y reciben datos desde y hacia otras "cosas"; se trata de un mundo totalmente conectado mediante dispositivos integrados.
En el mundo del consumo, IoT permite, por ejemplo, que una persona pueda ajustar el termostato del aire acondicionado de su casa desde un dispositivo móvil y desde cualquier lugar. En el lado empresarial, IoT puede ofrecer nuevas capacidades, disminuir costos, mejorar la eficiencia y reducir el tiempo inactivo, entre otros diversos beneficios.
Big Data. Se le puede definir con las 3 “V”: volúmenes masivos de datos en una variedad de formatos no estándar y que se procesan a una gran velocidad. El análisis de big data proporciona información útil que se puede utilizar para lograr una ventaja competitiva para la empresa. Las organizaciones invierten en la inteligencia de estos datos para reducir los costos, trabajar con mayor eficiencia y buscar nuevas formas de aumentar los beneficios.
TI Bimodal. De acuerdo con Gartner, estamos entrando en la 4ª generación del cómputo. Para aprovechar las oportunidades que ofrece el nuevo mundo digital, los directores de Información (CIOs) necesitan mayor velocidad para innovar en un entorno incierto. Este nuevo escenario les exige operar en dos modos en relación con la TI empresarial: uno convencional y uno nuevo “no lineal”. Este es el modelo denominado “Bi-modal IT”.
Movilidad. La movilidad se está convirtiendo en una prioridad cada vez mayor para las empresas, y promete impulsar la innovación en el negocio y optimizar la eficiencia operativa. La movilidad requiere de la colaboración en ciclos de desarrollo continuo más rápidos, la apertura a nuevas cadenas de herramientas y arquitecturas, y la integración con los sistemas centrales existentes.
La nube. Una infraestructura de nube híbrida abierta le permite a las organizaciones de TI proporcionar un mejor servicio a su empresa al brindar soluciones más ágiles y flexibles, sin dejar de lado la protección de los recursos o su preparación para el futuro.
Machine Learning. Según el International Business Times, en los próximos diez años, el 58% de las actividades en el trabajo se podría automatizar gracias a las máquinas cognitivas. El desarrollo técnico que permite a las computadoras aprender (inteligencia artificial) está viviendo un gran auge y promete gran potencial en áreas como medicina, servicios, finanzas, ciencia y empresarial, entre otros.
El común denominador es que estas nuevas tecnologías han basado gran parte de su desarrollo en código abierto, el cual les ha dado la flexibilidad y la rapidez para adecuarse a las demandas del mercado, de los usuarios y de las empresas que las implementan.
Y es que los veloces cambios que se han dado en los últimos 15 años le han exigido a las organizaciones inmediatez para reaccionar y adecuarse a ellos, así como capacidad para responder a las demandas de los consumidores que han adoptado las novedades tecnológicas –clientes que, al mismo tiempo, demandan una atención más personalizada.
Las compañías han descubierto que depender de sistemas y aplicaciones propietarias nos les da la capacidad de reacción que necesitan. Además, en las herramientas propietarias el ciclo de desarrollo de nuevas funcionalidades es absurdamente largo.
Dichas limitaciones han podido superarse a través de soluciones abiertas, en las que la participación de comunidades de desarrolladores, proveedores y empresas ha sentado las bases para la innovación y el intercambio de conocimientos vitales.
Sin duda, el código abierto es el ámbito que dará origen a nuevas oportunidades para que compañías e individuos puedan seguir innovando y prosperando en un mundo altamente competitivo. Lo mejor aún está por venir.
Olivia Salas es Regional Marketing Manager de Red Hat México.
Yesica Flores | diciembre 5, 2016 a las 4:21 pm | Etiquetas: Código abierto 

Angola: professores universitários ameaçam paralisar Ano Académico 2017

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Os professores universitários de Angola deram uma moratória ao governo para até Março atender às suas reivindicações, caso contrário vão bloquear o arranque do Ano Académico.

O caderno reivindicativo da classe docente universitária angolana foi entregue às tutelas há três anos e até hoje não houve resposta.

Sindicato dos Professores do Ensino Superior SINPES - reuniu-se este sábado (19/11) para analisar a situação e depois de ter ameaçado paralisar as aulas já em Novembro e assim comprometer a época de exames finais, decidiu dar uma moratória de três meses ao governo para que sejam atendidas as suas reivindicações, "caso contrário não haverá abertura do Ano Académico e uma greve será declarada a partir da primeira semana do mês de Março", afirma Carlinhos Zassala, secretário do SINPES para a primeira região académica de Luanda e Bengo.

O dirigente sindical enumera alguns dos pontos deste caderno reivindicativo como : "o pagamento de subsídios e salários em atraso há mais de cinco anosnão promoção dos professores de acordo com o estipulado no estatuto de carreira docente; não conclusão da cidade universitária da Universidade Agostinho Neto; falta de seguro de saúde, entre outros".  
Carlinhos Zassala afirma ainda que a classe docente pretende reaver o estatuto especial, que foi anulado com a sua integração na função pública e lamenta os critérios de formação adoptados em Angola, onde "temos mais institutos de formação superior privados do que públicos e o SINPES não concorda com a afirmação segundo a qual vamos formar a quantidade e depois é que vamos ver a qualidade, a qualidade deve ser sempre inerente à qualidade". 

Só na "região de Luanda que concentra cerca de 50% das instituições de ensino superior, cerca de 47 são privadas e 9 públicas", afirma ainda Carlinhos Zassala.
Fonte:pt.rfi.fr
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Angola: julgamento de "golpistas" adiado para amanhã

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O julgamento de 37 ex-militares acusados de crime de rebelião contra o palácio presidencial era para prosseguir hoje na Câmara dos Crimes Comuns, no Tribunal Provincial de Luanda. Foi, no entanto, adiado devido a falta de electricidade no edíficio. O julgamento terá assim lugar amanhã.

Os advogados da defesa afirmam que os chamados "golpistas", que rejeitam a acusação do Ministério Público, estavam apenas a organizar-se para uma manifestação com vista à sua inserção na taxa social das Forças Armadas Angolanas para beneficiarem de pensões de reforma
Estes sustentam também que os acusadas não estavam armados, tendo sido encontradas armas em apenas dois indíviduos que pretendiam utilizar numa empresa de segurança que estavam a formar. Na sua maioria, os acusados, que pretendiam organizar a manifestação no dia 30 de Janeiro,  são ex-militares da UNITA, em Luanda. São provenientes das províncias do Huambo, Benguela, Huila e Bengo. 
O Ministério Público afirma que os "golpistas" queriam atentar contra a vida do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e que estavam a tentar apelar a novos aderentes para o grupo, ao afirmarem que "o líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, estava vivo e que iria regressar". Tudo isto é rejeitado pelos advogados da defesa. 
Por: Por 


Cabo Verde e China reforçam acordo de cooperação na área da saúde

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Há 28 anos com que a província chinesa de Sichuan coopera com Cabo Verde, através do Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia. Agora o Centro Internacional de Saúde de Sichuan, na China quer alargar a cooperação para o Hospital Baptista Sousa, na ilha de São Vicente. 
O reforço da cooperação, na área da Saúde, entre Cabo Verde e a província chinesa de Sichuan, está para breve. Para isso, encontra-se no país uma equipa técnica chinesa, que observa as necessidades do país.
O Ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário, que se reuniu neste Sábado com a delegação chinesa, garantiu à imprensa isso mesmo Cabo Verde e China vão reforçar o acordo de cooperação na área da saúde, e algumas necessidades já foram identificadas.
A delegação chinesa, encontra-se em Cabo Verde, na sequência da visita que o Ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, efectuou à China no mês passado, onde participou na 9ª Conferência Global sobre Promoção da Saúde.

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Triplo corte de 2014 tira quase 200 euros às novas pensões

Governo já se comprometeu a alterar o fator de sustentabilidade, diz Eugénio Rosa. APRe sugere reforma parcial e valorização da carreira para mitigar efeitos dos cortes
As novas pensões atribuídas em 2014 e 2015 levaram um corte de quase 200 euros em relação à média das reformas em pagamento naqueles anos. A culpa é do triplo corte introduzido com a lei de 2014, que veio alterar a ponderação dada à remuneração, aumentou a idade da reforma e agravou enormemente o fator de sustentabilidade. E como a esperança média de vida não para de aumentar, o corte tende a agravar-se em anos futuros. Vieira da Silva, que ontem não quis reagir a este tema, tem referido publicamente que discorda do regime e até já manifestou intenção de alterá-lo. "É uma prioridade", considerou em entrevista ao DN/TSF há mês e meio, afirmando querer ainda desenhar um sistema de reformas antecipadas que distinga positivamente as carreiras contributivas muito longas (ver fotolegenda).
"O fator de sustentabilidade é hoje muito gravoso e quando foi instituído não estava prevista a progressão que teve. Se fosse como esperado inicialmente, hoje estaria em 6%, no máximo, 7%", explica Maria do Rosário Gama, presidente da APRe, associação que representa pensionistas e reformados. "Já mencionámos a necessidade de mudança à equipa do ministro e temos esperança de que algo seja feito".
Não é a única. "Tenho defendido que o fator de sustentabilidade como está não tem fundamento. Foi idealizado para uma esperança média de vida mais baixa. Em 2000 eram 16 anos...", sublinha Eugénio Rosa, economista da CGTP, lembrando que "um trabalhador que pede a reforma dois meses antes do tempo-limite tem aplicada a mesma regra de um que se reforma dois anos antes".
No início deste ano, Vieira da Silva lembrou, às portas de mais um encontro de concertação social, que está prevista uma suavização dos cortes aplicados às pensões, já que o modelo atual "é extremamente penalizador".
"Temos insistido nesta matéria e o ministro já garantiu que o fator de sustentabilidade vai ser reformulado, mas não diz como", detalha Eugénio Rosa. "Não é só a questão da esperança média de vida. É necessária uma valorização maior da carreira contributiva. Há pessoas que com uma valorização da carreira não seriam tão penalizadas pelo fator idade", considera Rosário Gama.
As alterações feitas às reformas antecipadas para os polícias foram "um passo importante, mas é preciso também olhar para outras profissões de desgaste rápido, como por exemplo os professores".
A lei de novembro de 2014 reduziu o P1 (uma das parcelas do cálculo da pensão) passando a contar apenas 80% da remuneração de 2005, em vez da totalidade, como até aí. Aumentou a idade legal de reforma (em 2017 serão 66 anos e 3 meses). Ao mesmo tempo, o fator de sustentabilidade, que é ajustado de acordo com a esperança média de vida, passou de 5,43% para 12,34%.
Resultado: se em 2014 o valor médio do total das pensões era 1278 euros, o valor das novas pensões atribuídas naquele ano passou a ser de 1081 euros, menos 197 euros. Um ano depois, mostram cálculos de Eugénio Rosa, o diferencial reduziu-se, mas ainda foi de 169 euros. Neste ano, o fator de sustentabilidade voltou a aumentar para 13,34%, e em 2017 passará para 13,88%.
Esta é uma alteração significativa em relação ao regime que foi introduzido em 2007 quando José Vieira da Silva também era ministro da Segurança Social. Nessa altura, o fator de sustentabilidade permitia às pessoas escolherem se preferiam reformar-se naquele momento ou adiar a reforma por mais uns meses. A esperança média de vida implicava cortes progressivos - que eram anulados se a reforma fosse adiada por uns meses -, mas não determinava diretamente um progressivo aumento da idade normal de reforma.
Ainda sem novas regras, o ministro do Trabalho e da Segurança Social já abriu possibilidade a uma contabilização diferente do tempo de trabalho: "Quem tem carreiras contributivas de 50 anos não deve ser obrigado a trabalhar até aos 66 anos, como é hoje", disse no início deste ano, acrescentando que a receita passa por melhorar as regras para as longas carreiras contributivas, o que na prática pode implicar que quem já trabalha e paga segurança social há vários anos não tenha de esperar tanto tempo pela reforma, mesmo que a idade não esteja ainda no limite .
"Poucos países têm, como nós temos agora, um pico de pessoas que começaram a descontar para a Segurança Social aos 12 e aos 13 anos e que chegarão aos 60 e poucos anos com mais de 50 anos de carreira. A minha ideia é que as pessoas com carreiras contributivas longas, que vão bem para além do que é uma carreira média ou completa, sejam compensadas", já disse o ministro.
Maria do Rosário Gama apela a uma "reforma a tempo parcial, que permita que pessoas que já consigam fazer um tempo completo possam ter acesso a parte da sua reforma", aliviando o fardo pessoal e os cofres da Segurança Social. "Pode ser [um pagamento] a 30%, 40%, por exemplo."
Fonte:DN
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