terça-feira, 3 de novembro de 2015

Entrevista à cantora Mónica Paula

Entrevista à cantora Mónica Paula

Conduzida por: Joaquim M. C. Carlos
Director da Tribuna da ADASCA

Dando cumprimento ao conjunto de entrevistas, desta vez tivemos o prazer de entrevistar a Cantora Mónica Paula no Salão do Hotel Moliceiro, a quem agradecemos a sua colaboração. Não é fácil falar desta artista a viver nos EUA há muitos anos, contudo, ela própria se dá a conhecer.
Doravante a identificação da revista e da nossa ilustre entrevistada segue pelas siglas TA e MP.
 TA: A Mónica Paula com que idade imigrou para os Estados Unidos?
MP: Vinte e sete anos.
TA: Qual foi a sua primeira actividade profissional naquele país? Sentiu dificuldades na sua integração?
MP: Não porque já tinha ido aos EUA em duas digressões artísticas.
TA: Mónica Paula, por onde passa tem fãs, e eles a acompanham mesmo! Como é para si receber esse carinho? Como surgiu a oportunidade para entrar na música?
MP: Surgiu com o acordeonista Isidro Batista. Claro, quando faço digressões e que os meus fãs têm disso conhecimento, fazem questão de ir ao meu encontro, o que é muito bom sentirmo-nos acarinhados, isso fortalece ao ego dos artista, julgo que qualquer um.
TA: Para além de artista na área musical, também se tem dedica a outra actividade, podemos saber qual?
MP: Sim, sou enfermeira, das duas não sei qual delas adoro mais, se da música se desta, seja como for, sinto-me realizada.
TA: Como é lidar com o glamour e o luxo do mundo da música?
MP: Eu sempre fui modesta e sempre serei, considero que a humildade derruba todas as barreiras, assim me sinto bem comigo própria.

TA. Entretanto regressou a Portugal para passar umas curtas férias, tem participado em espectáculos, como têm decorrido?
MP: Maravilhoso, sinto que o tempo não passou, devia prolongar-se, mas, não pode ser porque tenho outros compromissos.
TA: Tem sentido o calor humano nesse acolhimento?
MP: Muito, muito amor da parte do público, é formidável, sem dúvida.
TA: Sente que a sua vida pessoal tem sido prejudicada pela carreira?
MP: Sim, algumas vezes, não seria correcta se disse-se que não.
TA: Chegou a fazer alguma formação académica na área musical ou as coisas foram acontecendo com o evoluir do tempo?
MP: Sim, eu sempre procuro estar á altura dos acontecimentos musicais, a formação contínua é necessária, os tempos actuais assim o impõe.
TA: Ainda no que diz respeito à música, quantos trabalhos já gravou?
MP: Na verdade desde os meus catorze anos, mais ou menos 10-45 rotações, seis LPs e cinco CDs, e muito está para vir, uma questão de tempo.
TA: E videoclips tem apostado nesta área?
MP: Sim, penso que é importante porque a imagem vai sempre para além da nossa presença física.
TA: Como define o actual panorama musical?
MP: Temos bom e mau, como sempre e como tudo, aliás, tenho dúvidas da perfeição…
TA: Alguma vez foi convidada pela televisão para a dar a conhecer a seu conhecimento musical?
MP: Tem existido conversa, mas, não a prática, fica-se sempre com a percepção de que somos desconsiderados pelos mídia, tornando-se difícil digerir esse sentimento.
TA: A nível de espectáculos como vão decorrendo as coisas, tem tido muitas solicitações? Ou também se faz sentir os efeitos da crise?
MP: Nos espectáculos, muitas vezes tenho rejeitado por diversas razões.
TA: Orgulha-se do seu passado e do caminho que percorreu até aqui?
MP: Muito, muito, o meu passado é o meu futuro, assim costumo dizer.

TA: Ao longo destes anos de carreira, recorda-se de algum acontecimento que a mais tenha marcado de forma indelével?
 MP: Quantos acontecimentos querido amigo, mas, o que mais me comoveu foi cantar para o Prof. Marcelo Caetano naquele tempo isolado no Brasil.
TA: É vaidosa?
MP: Não conheço essa virtude ou defeito.
TA: Enquanto artista da área da música com uma experiencia bastante rica, já alguma vez se sentiu frustrada por não ter conquistado um espaço de revelo nos mídia?
MP: Eu nunca me senti frustrada na vida, tenho a alma bem forte, tenho a noção do que quero, do caminho que devo seguir.
TA: E quais são as suas perspectivas em termos profissionais para os próximos três meses de 2015 e para os próximos anos?
MP: Estou em contacto com a Europa para Shows, mas, também tenho a noção de que não estou sozinha neste mundo. Estou fazendo o que devo fazer e nunca ficar à espera que as oportunidades venham ter comigo.
TA: Na sua opinião como descreve o panorama musical português?
MP: Muita gente com vontade de se evidenciar, e alguns valores que prometem…
TA: Pode dizer-se que alguns artistas acabam por deixar de cantar, o que gostam para cantar o que mais se vende? Não é o seu caso…
MP: Não, eu componho as minhas músicas, as minhas letras, e canto o que eu quero, o que gosto, procuro como é evidente agradar ao meu público.
TA: Como descreve a qualidade de artistas portugueses, nomeadamente os contemporâneos?
MP: Como já disse, vontade e valores.
TA: Mónica Paula, como vê o presente cenário político considerando que vive há muitos anos nos Estados Unidos, talvez a sua visão seja outra? Aliás, já lhe dedicou uma canção…
MP: Eu considero que os nossos políticos, estão esquecendo a essência de um povo, que marcou história no mundo, deviam prometer menos e fazer mais em prol do país que dizem representar, o que assistimos é uma inversão de valores.
TA: O que valoriza num homem?
MP: A sua integridade, o amor genuíno à família, e à pátria.
TA: É uma mulher romântica?
MP: Sim, sinto-me uma mulher romântica, sou eu própria, á minha medida.
TA: Até que ponto a fama, o dinheiro e o status trazem felicidade?
MP: Não creio que o dinheiro, e a fama tragam felicidade, ou tranquilidade do teu espírito. É doloroso assistir, actualmente, na civilização das massas, à angústia que sofrem os jovens com a destruição de seus autênticos valores.
TA: Uma mensagem final para os seus fãs e aos leitores Revista Tribuna da ADASCA…
MP: Que por favor possam aderir a esta grande obra, contribuindo com a sua dádiva generosa em prol dos doentes necessitados de sangue ou dos seus componentes. Mais, que se disponibilizem para ajudar o seu presidente nos momentos mais difíceis. Juntos podem ir mais longe.
Muito obrigado pela entrevista. Desejo-lhe os melhores sucessos para a sua carreira, ame a liberdade e seja feliz.

Perfil:
Fui registada como... Lúcia Dias
Nascimento: 18 de Abril 1957
Na TV assisto: Moeres
Não assisto na TV: Politica
Nas horas livres: Ler
No cinema: História
Música: Romântica
Livro: não respondeu
Prato predilecto: Sardinha
Pior presente: Quando estou doente
O melhor do guarda-roupa: Os meus vestidos para espectáculos
Perfume: Lancome
Mulher bonita: Marlyn Monroe
Homem bonito: O meu Filho
Cantor: Tom Jones
Cantora: Amália
Actor: Tom Cruize
Actriz: Marlyn Monroe
Animal de estimação: Não tenho
Escritor: Eça de Queirós
Arma de sedução: O meu sorriso porque me encanta rir
Melhor viagem: Ao Brasil
Sinónimo de elegância: Comportar-se como uma dama
Melhor notícia: Que o mundo está a melhorar
Inveja: Não conheço esse sentimento
Ira: Nunca tive
Gula: Não conheço
Cobiça: Não conheço
Luxúria: Não conheço
Preguiça: Às vezes
Vaidade: Algumas vezes com o meu cabelo, o Joaquim está a ver, é lindo.
Mania: Que sou a Marlyn Monroe

Filosofia de vida: Amar sem olhar a quem. A vida humana tem valor inestimável. Com amor atrai-se o bem.

Fotorreportagem da entrevista com a Cantora Mónica Paula radica nos Estados Unidos da América

NB: o nosso sincero obrigado à Administração do Hotel Moliceiro, local onde decorreu a entrevista, pela forma como fomos recebidos. A dita entrevista está disponível na Edição nº. 22 da Revista Tribuna da ADASCA.

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