terça-feira, 24 de abril de 2018

O que muda no arrendamento. Um bónus nas pensões. E alertas sobre fogos

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
 
Viva!
Aqui estão as notícias com que começa o dia:

O escolhido de Trump foi salvo por um voto. Mike Pompeo, director da CIA e o novo responsável pela política externa americana, só passou na avaliação dos senadores depois de Trump ter virado o sentido de voto do republicano Rand Paul. Mas o processo ainda não acabou, lembra o Washington Post.
George W. Bush foi hospitalizado. Escassos dias depois do funeral da mulher, o ex-Presidente, com 93 anos, foi internado num hospital em Houston, depois de ter contraído uma infecção que levou a uma septicemia. Segundo a família, está a reagir ao tratamento.
Um atropelamento no Canadá fez 10 mortos e 16 feridos, cinco deles em estado crítico. O condutor da carrinha branca, que galgou o passeio em Toronto, fugiu depois do acidente, mas já foi detido pela polícia. O atropelamento terá sido deliberado mas o suspeito não terá registo de ligações a grupos terroristas, diz a CBS.
O FC Porto abriu fogo intenso para recuperar a liderança da Liga. A equipa de Sérgio Conceição afastou um “fantasma” do passado com uma goleadacontra o Setúbal. E ficou a sete pontos do título de campeão.

O que marca o dia

O tempo no Serviço Militar Obrigatório vai facilitar acesso à pensão. Como conta a Raquel Martins, na nossa manchete de hoje, o Governo quer que os anos de serviço militar obrigatório passem a contar para a carreira contributiva, quando até agora só influenciavam o valor das pensões. A medida está prevista na proposta de decreto-lei de execução orçamental, que Marcelo disse ontem esperar que chegue rapidamente a Belém.
Uma revolução na habitação. O Governo apresentou ontem as novas políticas para o sector, apostando em apoios para rendas mais longas e para rendas acessíveis, deixando já os inquilinos a favor e os proprietários com muitas dúvidas. Mesmo faltando ainda os diplomas, a Rosa Soares fez-nos um guia simples para o que vai mudar, feito ponto a ponto. E eu, no Editorial, deixo um alerta em jeito de ironia: "Arrepiem-se. Costa propôs uma reforma".
O SEF recusa residência a quem não pode ser expulso. Conta a Joana Gorjão Henriques: "Já cumpriram pena, agora vivem em liberdade altamente condicionada: o SEF não os pode expulsar mas também não lhes atribui a autorização de residência, essencial para trabalhar ou estudar". Um advogado escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa e à Provedoria de Justiça a pedir que se corrija a situação.
A Quercus alerta para a falta de limpeza em Monsanto. E diz que o risco é termos em Lisboa o mesmo que aconteceu ao Pinhal de Leiria, "um barril de pólvora", diz a TSF. A Câmara de Lisboa diz que "as pessoas podem estar completamente descansadas" - mas vai passando a responsabilidade para o Estado central.
Governo não vai ter Kamov apesar de já ter pago o seu arranjo. A Autoridade Nacional de Aviação Civil não vai dar autorização de voo aos Kamov se os congéneres russos não se responsabilizarem. E os russos não o fazem. Em causa estão peças que valem cerca de 300 mil euros - mas também peças importantes para o combate do próximo Verão. Entretanto, o MAI negoceia com italianos e portugueses em contra-relógio, mas ainda não tem outros helicópteros assegurados, conta a Liliana Valente.
Costa pediu um "consenso" sobre o novo aeroporto. E insistiu que nos grandes investimentos quer o apoio de dois terços dos deputados (o mesmo que dizer que quer o apoio do PSD).
O Metro do Porto ameaça suspender três linhas a partir de 5ª-feira. O problema vem da greve, mas também da falta de manutenção, diz o JN.
O sarampo levou mais de 60 mil pessoas a pôr vacinas em dia. E o balanço feito ontem pela DGS deu-nos outra boa novidade: mais de 75% das grávidas vacinaram-se contra a tosse convulsa em 2017. A Ana Maia conta-nos tudo.

Ler mais devagar

1. Macron em Washington: a nova relação especial. Emmanuel Macron enfrenta um duplo risco na primeira visita de Estado de um líder europeu (e estrangeiro) a Washington. O primeiro explica-se facilmente com a natureza errática do seu anfitrião. O segundo, a mais longo prazo, com a habitual reserva dos franceses perante a América e, sobretudo, perante o seu novo Presidente, com popularidade “zero” na Europa. Mas o Presidente francês já provou que gosta de correr riscos, que, neste caso, nem são assim tão grandes, alega a Teresa de Sousa.
2. Síria: a guerra toda num apartamento. Começou em 2011 e ninguém sabe quando vai acabar. É a tragédia síria em que se pode ficar debaixo de uma bomba sem sair da cama ou sobreviver meses a fio sem abandonar um bairro cercado ou semanas sem sair de casa. Na Síria é a Síria encurralada que não se deixa morrer. Como diz a Sofia Lorena, neste filme "começamos à janela e é à janela que terminaremos".
3. "A política já não sabe indicar um fim". Massimo Cassiari, filósofo italiano a quem se deve uma reflexão fundamental sobre a metrópole moderna, foi presidente da cidade de Veneza. Mas o assunto sobre o qual prefere falar é outro: a questão do nexo entre o político e o teológico, o processo da secularização, as formas do poder político contemporâneo e as configurações da crise próprias do nosso tempo. O António Guerreiro conversou com ele e registou-lhe a "sofisticação".
4. O fotojornalista esquecido do 25 de Abril. Naquela manhã de 25 de Abril de 1974, o telefone tocou. Carlos Gil tinha 36 anos e trabalhava para a revista Flama. Do outro lado da linha estava um vizinho do prédio a dizer-lhe que pegasse na máquina e fosse para a rua, porque havia uma revolução. Seriam umas 6h, talvez. E ele pegou e foi. “Ele saiu para a rua e só passados dois ou três dias é que veio a casa". Com o 25 de Abril de 1974 prestes a completar 44 anos, a Patrícia Carvalho recorda um dos fotojornalistas que transformou a revolução em imagens, em Lisboa, o homem para quem ser jornalista era “usar as botas”, pelo mundo fora.

A agenda de hoje

A um dia da celebração do 25 de Abril, o Parlamento discute o Programa de Estabilidade, com quatro votos em cima da mesa (e escassas probabilidades de algum ser aprovado). Hoje, quatro ministros vão ser ouvidos no Parlamento, o MNE, o MAI, o da Segurança Social e o do Ambiente.
Lá por fora, é o dia em que Trump recebe Macron ao jantar, na Casa Branca. E a noite da primeira meia-final da Champions, que opõe Liverpool e Roma.
Já agora, se me permitir, fica uma sugestão. Hoje o PÚBLICO tem nas bancas um livro muito especial, o da comemoração dos 25 anos do Bartoon. O nosso Luís Afonso está de parabéns e deu-nos esta prenda imperdível. Daqui fica um obrigado a ele, por tantos risos e sorrisos. Por tão serena inteligência.
Até amanhã, na celebração. Até quarta aqui no seu email. 
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