quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Na Síria, o pior massacre do século XXI # Por cá, uma vaga de greves

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Ora então bom dia!
A noite passada foi assim:

Trump quer proibir modificações que tornam armas mais letaisO Presidente dos EUA pediu ao procurador-geral legislação para impedir casos como o que levou ao massacre na Florida. "Temos, efectivamente, de fazer a diferença", disse ele. Fará?
Mike Pence queria encontrar-se com a irmã de Kim. Mas, segundo o vice-presidente dos EUA, a Coreia do Norte desmarcou o encontro no último minuto, lá nos Olímpicos de Inverno. 
Katainen disse que Barroso não fez lobby: "Propus bebermos uma cerveja", disse o comissário, sobre o almoço do agora gestor do Goldman Sachs em Bruxelas. A polémica conta-se assim (e assim).
E na Champions? Foi Willian 1, Messi 1. No relvado não houve uma cerveja, mas dois golos que empataram Chelsea e o Barça. Bem diferente foi a vida do Bayern Munique, que encheu o Arena e resolveu a eliminatória à primeira. Os resumos do dia estão aqui.

O que marca o dia

Médicos e enfermeiros ameaçam parar a Saúdecontra um Governo que promete, mas não cumpre. De resto, não são os únicos: polícias e militares também já ameaçam parar, podendo juntar-se à ameaça dos procuradores e à já anunciada greve de professores. Março e Abril prometem ser quentes para o Executivo.
Os parceiros sociais também estão preocupados: a Confederação do Comércio avisa que penalizar a TSU pode prejudicar alojamento e restauração, mesmo que o objectivo seja promover contratos de longo prazo; e a Confederação dos Agricultores pede um plano nacional contra a “catástrofe” na agricultura - face a tanto tempo de seca.
Falando de seca, um salto às notícias sobre incêndios. Para lhe dizer que este ano já vamos ter informações directamente nos telemóveis; e para explicar que o Fisco está a avisar os contribuintes que têm até 15 de Março para limpar terrenos.
No curto prazo, a política está numa "nova fase"Governo e PSD vão trabalhar juntos em duas matérias que estavam na agenda de Costa - e talvez depois em duas que estão na agenda de Rui Rio. É a primeira vez em 5 anos que tal coisa acontece. E a isso eu chamo, no Editorial, um "mínimo de bom senso" (sem ironias).
Para um dos consensos já há uma data fixada: numa entrevista ao PÚBLICO, o ministro Pedro Marques diz querer uma posição comum até Junho sobre fundos comunitários. Incluindo sobre a revisão dos apoios em vigor.
E ainda falta falar da Uber: O PS propõe agora que os motoristas da plataforma tenham contratos escritos. Mas voltou a adiar as votações (para uma altura em que o PSD tenha já novas instruções)
Ontem, Rui Rio falou das polémicas"Vai haver mais historias. Cá estou para elas", disse o líder novo do PSD. Uma das pendentes é com o actual líder parlamentar, que o jornal i hoje diz estar disposto a recandidatar-se, se Fernando Negrão falhar a maioria dos votos.
O Montepio não se livra delasum futuro gestor do banco é acusado de ter uma dívida à banca, o que o pode tornar incompatível pelas regras em vigor. O aviso para uma contrariedade veio de um órgão interno.
E, falando em polémicas, ainda há a Supernannyos pais também são réus no julgamento.

Acrescentar um ponto 

1. Na Síria, “estamos a assistir ao massacre do século XXI”. Mais de 66 pessoas morreram nesta terça-feira em novos bombardeamentos de forças do regime de Bashar al-Assad e seus aliados contra Ghouta, um enclave nos arredores de Damasco controlado por forças de oposição ao regime do Presidente sírio. Nos ataques de segunda-feira tinham já morrido pelo menos 127 outras pessoas. A Clara Barata descreve o "ataque de violência histérica", fazendo um necessário ponto de situação sobre o que se passa no terreno. Eu recupero aqui este pequeno dicionário das forças em combate. E a indignação de Bernard-Henri Levy com a indiferença da comunidade internacional.            
2. Ver Almada e Amadeo através de um "íman" chamado Pessoa. Sim, conta a Isabel Salema, durante uma visita-guiada que fez ao Museu Rainha Sofia, em Madrid. Fernando Pessoa é bom a chamar público para as artes plásticas, até mesmo no país ao lado. Quer seguir a viagem?
3. “É bom lembrar às pessoas que têm tempo para as coisas importantes”. A espanhola Elsa Punset escreveu O Livro das Pequenas Revoluções, mas estas pequenas revoluções têm o mais simples dos objectivos: ajudar-nos a ser mais saudáveis - física e mentalmente. A ideia, diz ela à Bárbara Wong, "nasceu num aeroporto".

A agenda de hoje

Lá por fora, Emmanuel Macron apresenta uma lei polémica, que duplica o tempo de detenção para imigrantes ilegais (de 45 dias para 90).
Na política, são muitas visitas: Marcelo ainda em Cabo Verde, Costa no seu Roteiro da Inovação e Cristas em Madrid, onde se encontra com Rajoy. Já na Assembleia, os deputados debatem uma petição quer quer acabar com o acordo ortográfico.
Nos tribunais é dia cheio: na Operação Fizz, é ouvido o homem no BCP que contratou o procurador suspeito; Manuel Maria Carrilho ouve a sentença sobre uma agressão ao pedopsiquiatra Pedro Strecht; e estamos também de olhos postos no Benfica, porque esta manhã sai o acórdão na Relação do Porto relativo à providência cautelar do caso dos emails.
De resto, jogam-se 45 minutos do Estoril-Porto - aquele jogo que foi interrompido a meio por causa de uma bancada que, afinal, não estava mesmo a cair. Ao intervalo está 1-0.
Ainda tem uns minutos? Então a minha última sugestão é que ouça os 99 do árbitro João Capela, no nosso Podcast que se chama, claro, Jogo Limpo. O Jorge Faustino promete que demora muito menos - e com a mesma intensidade.
Que este seja um dia feliz. E produtivo.
Até amanhã!

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