quarta-feira, 31 de maio de 2017

Vacina portuguesa propõe salvar meio milhão de pessoas

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Para combater a malária, cientistas do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, criaram uma vacina que vai agora ser testada em humanos, num ensaio clínico na Holanda.
Uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa desenvolveu uma vacina que incorpora o parasita causador da malária em roedores, avança à Lusa o líder da equipa de investigadores, Miguel Prudêncio. Este parasita une-se ao parasita que infeta as pessoas, possibilitando ao sistema imunitário humano o combate logo na fase inicial, antes do surgimento dos sintomas.
Denominado “Plasmodium falciparum”, este é um dos parasitas da doença considerados mais agressivos e a causa da infeção nos humanos. O objetivo da equipa de Miguel Prudêncio passou por alterar a genética do parasita “Plasmodium berghei” – parasita que causa a infeção nos roedores e é inofensivo ao humano -, para expressar uma proteína do parasita que contagia os humanos.
De acordo com o líder, os parasitas espoletam a resposta do sistema imunitário quando ainda estão no fígado, surgindo a doença quando esses mesmos parasitas saem do fígado para a corrente sanguínea.
Os testes serão submetidos a 30 voluntários saudáveis, com idades entre os 18 e os 35 anos que, numa primeira fase irão passar por uma avaliação de efeitos adversos provocados pela vacina, seguindo-se uma análise à eficácia da mesma, comparando o aparecimento da infeção nos voluntários vacinados e não vacinados, relata a Lusa. Em 2018 deverão ser divulgados os resultados.
O ensaio clínico, que tem um custo de cerca de 1,3 milhões de euros, vai ser realizado pelos investigadores do Instituto em colaboração com o Centro Médico da Universidade de Radbound, na Holanda, e com a PATH Malaria Vaccine Iniciative, entidade que coordena a nível mundial o desenvolvimento de vacinas contra esta doença, a causa de cerca de 430 mil mortes em 2015, na sua maioria em África, conforme aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fonte: Jornal Económico

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